Propósito do blog


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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Avaliar sem Excluir





“Avaliação tradicional, não satisfeita em criar fracasso, empobrece as aprendizagens e induz, nos professores, didáticas conservadoras e, nos alunos, estratégias utilitaristas (...)” pg. 171

O Portfólio Eletrônico na Formação de Professores: Caleidoscópio de Múltiplas Vivências, Práticas e Possibilidades da Avaliação Formativa (Ivanildo Amaro de Araújo)



A avaliação formativa Certamente é o melhor caminho para garantir o bom desenvolvimento dos alunos diante do seu próprio processo de aprendizagem. Configurada como uma avaliação somática, nesta o aluno escolhe o seu próprio modo de avaliação dentro de um processo continuo. Na avaliação formativa o professor deixa de ser mero transmissor e passa a engendrar também seus próprios conhecimentos juntamente com o seu aluno.
Nesta concepção de avaliação, não existe nenhuma forma de classificação ou premiação, pois essa prática visa tão somente melhorar o processo de aprendizagem  que permeia  as vidas de nossas crianças. Comprometida com a formação de cidadãos capazes de pensar e tomar suas próprias decisões, a avaliação formativa permite que o aluno escolha a melhor maneira de construir o seu próprio conhecimento.
Ao refletir sobre  essa forma de avaliação, lembrei-me que durante toda minha trajetória escolar, por diversas vezes perdi muitos pontos nas várias provas que realisava em disciplina que exigiam memorizações de datas. Por diversas ocasiões, foram muitos os professores que me deram apenas a metade dos pontos só pelo fato de eu não colocar as datas correspondentes aos fatos históricos. Sempre fiquei muito chateada por não aceitar e também não conseguir entendê-los, pois eu desenvolvia toda atividades de  forma orreta, mas mesmo assim perdia os pontos. Eles não estavam interessados em saber o que eu havia aprendido, mas sim  no que eu conseguia decorar

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Sabendo que portfólio eletrônico é entendido como o conjunto de atividade pensada, elaborada e produzida pelas próprias crianças, ele surge para facilitar na construção da aprendizagem desenvolvida pelo próprio aluno. Por mio dele, o aluno torna-se capaz de construir atividades em pastas eletrônicas a fim de ampliar conteúdos aprendidos e os quais serão avaliados coletivamente. Ou seja, o aluno constrói  juntamente com seu professor todo seu processo de conhecimento.

Retomando a questão por mim já posta, gostaria que naquela época eu tivesse a oportunidade de ter um portfólio como ferramenta e aliado para seleção  dos meus conhecimentos, para somente depois ser avaliada. Certamente eu teria a oportunidade de rever essas datas “tão importantes” e colocá-las  em seus devidos lugares só para satisfazer a vontade dos meus professores.

   
                Porém os anos passaram, e apesar de todos os avanços tecnológicos que englobam os aparatos da informática, não são  suficientes para que muitos alunos deixem de passar por problemas semelhantes aos meus. Na verdade para muitos professores a palavra portfólio remete tão somente algum termo estrangeiro, o qual muitos deles não conseguem decifrar

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                Como falar destas tecnologias em escolas onde  muitas das vezes não há nem espaços para que nossos alunos aprendam com o mínimo de dignidade. Em escolas que faltam merendas, materiais didáticos e até mesmo professores. Onde falta também  o interesse por parte de nossos governantes que criam “lindos projetos”, somente  para mascarar uma triste realidade pela qual passa muitas de nossas crianças.
              



Já as escolas que são contempladas com tais ferramentas, o que falta é capacitação para nossos educadores tendo em vista que muitos deles mal conseguem ligar um computador.  Por outro lado temos os que se recusam ter este como aliado para contribuir na construção de novos conhecimentos para seus alunos e com isso, continuam amarrados por seus conceitos tradicionalistas de ensino. Ou seja, paralelos a todos esses problemas quem mais perde são nossas crianças, as quais são incompreendidas e excluídas desse mundo digital.








Um comentário:

  1. Márcia, você fez uma boa reflexão sobre o texto. Entretanto, algumas passagens necessitam de um melhor esclarecimento: Por exemplo: "Configurada como uma avaliação somática, nesta o aluno escolhe o seu próprio modo de avaliação dentro de um processo continuo". No texto, não apresento esta ideia de avaliação 'somática'. O que quis dizer com isso? Além disso, a avaliação formativa não envolve que o aluno 'decide o próprio modo de avaliação'. Ele é levado a refletir, também, sobre seu processo.

    Faça uma releitura cuidadosa do seu texto para rever algumas ideias.

    Abs
    Ivan

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