“Toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais que pode estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano a transmissão e busca de informações ao exercício da reflexão” pag3
“(...) O ensinoda língua portuguesa na escola tem sido o centro de discussões acerca da necessidade de melhorar a qualidade da educação do Brasil (...)” pag19
“(...) A dificuldades dos alunos universitários em compreender os textos proposto. levou universidades a trocar os testes de múltiplas escolhas dos exames vestibulares por questões dissertativas (...)pa19
“essa evidencia de fracasso escolar aponta
a necessidade da reestruturação do ensino de língua portuguesa com o objetivo de encontrar formas de garantir, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita”pag19
“(...) Em que a razão de ser das propostas de leitura e escuta é a compreensão ativa e não a decodificação o e silêncio. Em que a razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a expressão e a comunicação por meio de textos e não a avaliação da correção do produto” pag22
A introdução dos PCNs no cenário nacional está diretamente relacionada as grandes dificuldades que as escolas tem em fazer os seus planejamentos com os conteúdos que atendam as necessidades as diversidades culturais inerentes a todos o indivíduos.
Não são poucas as as escolas que não conseguem atender as exigências trazidas pelas demandas sociais a qual a cada dia exigem ainda mais uma melhor qualificação diante os seus processos de seleção.E na contra mão dessas exigências estão nossos educadores que não conseguem atender as os critérios que qualificam a aprendizagem dos alunos.
No que se refere aos conteúdos, a cada ano que passa torna-se o eixo principal do fracasso escolar na medida em que muitos alunos não conseguem progredir devido a grande dificuldade de ler, escrever e interpretar . Ou seja, as escolas têm contribuído para novas gerações de analfabetos funcionais.
CONCEITOS LINGUISTICOS
“(...) a língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas. pag24
“(...) A linguagem verbal possibilita ao homem representar a realidade física e social e, desde o momento em que é aprendida, conserva um vínculo muito estreito com o pensamento. Já o discurso, quando produzido, manifesta-se lingüisticamente por meio de textos.
“Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os gêneros são determinados historicamente. As intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, geram usos sociais que determinam os gêneros que darão forma aos textos (...) pag26
Sendo que é por meio da linguagem verbal que o homem constrói suas idéias e se relaciona com tudo que esta em sua volta, é no interior do funcionamento da linguagem que é possível compreender o mundo e estabelecer relações interpessoais.
Produzir linguagem significa produzir discursos, pois são de textos que se estabelecem uma relação entre coesão e coerência. Se a todo momento o homem está cercado pelos mais diversos gêneros textuais, a escola precisa saber explorá-lo das mais diversas formas para contribuir pra construção do conhecimento dos alunos.Trabalhar com diferentes gêneros textuais significa configurar diferentes formas de falar e escrever o que contribuir para uma melhor interpretação de textos ,ou seja, melhor interpretação de seus conhecimentos
A ORALIDADE
“O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialéticas deve ser enfrentado, na escola, como parte do objeto educacional mais amplo de educação para o respeito a diferença Para isto, e também para poder ensinar a língua portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos : o de que existe uma única forma “certa” de falar (...)” pag31
“A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, adequar o registro as diferentes situações comunicativas.”
Sendo a gramática o ponto de apoio de todos os professores da língua portuguesa, que ensinam seus alunos a decorar diversas combinações, entre verbos, artigos, substantivos e outros. Porém na pratica, poucos conseguem dar conta de tantas combinações.
Depois de ficar toda a sua infância decorando as velhas cartilhas, agora elas conseguem finalmente “ampliar” os seus conhecimentos decorando a gramática e por meios de frases soltas e totalmente descontextualizadas. Muitos são os tentam, embora sem sucesso construir o seu processo de aprendizagem.
Porém o ensino da linguagem deve estar centrado em diferentes gêneros textuais, pois ter contatos com as diversidades de gêneros ainda pequenos contribui ainda mais para aprendizagem e a construção de novos conhecimentos.
Embora seja por meio da oralidade que se constrói o conhecimento, não são poucos os professores que silenciam as vozes de muitos alunos dados como “tagarelas”. Muitos educadores se esquecem que os alunos só aprendem escrever bem quando aprendem a falar bem.
A ESCRITA
“Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir e a interpretar textos, não é possível tomar como unidade básica de ensino nem a letra, nem a sílaba, nem a palavra, nem a frase que, descontextualizadas, pouco têm a ver com a competência discursiva, que é questão central. Dentro desse marco, a unidade básica de ensino só pode ser o texto, mas isso não significa que não se enfoquem palavras ou frases nas situações didáticas específicas que o exijam.
“(...)A diversidade textual que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado do aluno.”pag34
“O recurso lingüísticos são os elementos lingüísticos ad superfície de um texto que indicam as relações existentes entre as palavras e os enunciados que opõem.” Pag34
Ensinar língua portuguesa para alunos é ensinar o individuo a pensar e não decorar diferentes formas gramaticais. A capacidade dos alunos de Le e melhor interpretar textos estão diretamente relacionados aos diferentes gêneros textuais os quais eles estão inseridos. Para isso as aulas de português devem estar ancoradas em textos de diversos gêneros, inclusive dos que fazem parte do cotidiano das crianças.
OBJETIVOS GERAIS DA LINGUA
“Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandir as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica” pag41
“Utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem, sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos: identificar aspectos relevantes; organizar notas; elaborar roteiros; compor textos coerentes a partir de trechos oriundos de diferentes fontes; fazer resumos, índices, esquemas, etc.”pag42
Embora os objetivos gerais da língua portuguesa esteja ancorada em vertentes de suma importância para construção de sujeitos críticos e autônomos, não é o que podemos constatar nos âmbitos educacionais. Na verdade o que observamos são escolas permeadas de conceitos tradicionais onde alunos não conseguem ser ouvidos, deixando de contribuir com seus conhecimentos.
Porém a ampliação desses conhecimentos, só será possível por meio da pratica da reflexão o qual se constrói ao contato com varias formas de gêneros textuais, no entanto, muitos professores não conseguem ampliar os conhecimentos dos alunos por não buscarem novas fontes, novos conteúdos que contribuam para o processo de aprendizagem da linguagem e da escrita das crianças.
Na medida em que muitos se deparam com conteúdos avançados encontrados em muitos livros didáticos, alguns recusam utilizá-los. Ou seja, pelo fato de seus conhecimentos estarem congelados em um tempo muito distinto de seus alunos, muitas são as crianças que são impedidas descobrir ampliar, e construir novos conhecimentos.
AVALIAÇÃO
“Para avaliar os critérios estabelecidos se necessário considerar indicadores precisos que sirvam para identificar de fato as aprendizagens realizadas.”pag95
“Os critérios de avaliação devem ser tomados em seu conjunto, considerados de forma contextual e, muito mais que isso, analisados à luz dos objetivos que realmente orientam o ensino oferecido aos alunos”. Pag95
“(...) Os critérios de avaliação devem ser compreendidos: por um lado como aprendizagens indispensáveis ao final de um período (...)” pag97
Os objetivos da avaliação devem estar pautados no processo de aprendizagem do durante todo ciclo. Os critérios de avaliação devem ser compreendidos por etapas separadas pelos alunos ao longo do processo de construção de seu conhecimento.
Porém vale a pena ressaltar que não existe turma homogenia, pois o processo de aprendizagem não perpassa da mesma forma a todos os alunos. Por conseguinte a avaliação não deve ser algo padronizado ou sólido, mas sim mecanismos flexíveis e coerentes a fim de atender as necessidades de cada criança e não ao ego de muitos educadores.